Warren Buffett Reduz Participação em Empresa de Veículos Elétricos, e Elon Musk Perde US$ 16 Bilhões: Hora de Desistir dos EVs?

Warren Buffett é famoso por sua filosofia de investimento a longo prazo, frequentemente afirmando que seu período favorito de retenção de ações é “para sempre”. No entanto, isso não significa que ele nunca ajuste suas posições. Recentemente, sua empresa, a Berkshire Hathaway, registrou na Bolsa de Valores de Hong Kong a venda de 1.395.500 ações da gigante chinesa de veículos elétricos BYD, reduzindo sua participação de 5,06% para 4,94%.

Segundo as normas da Bolsa de Hong Kong, acionistas que possuem 5% ou mais das ações de uma empresa listada devem divulgar suas participações. Com a redução abaixo desse limite, a Berkshire Hathaway não é mais obrigada a divulgar futuras vendas de ações da BYD. Este investimento tem se mostrado extremamente lucrativo. Em 2008, a Berkshire adquiriu 225 milhões de ações da BYD por US$ 232 milhões, e no final de 2020, essa participação foi avaliada em aproximadamente US$ 5,9 bilhões. Desde o final de 2022, a Berkshire vem diminuindo sua participação na BYD.

Nos Estados Unidos, a Tesla também tem sido destaque nas notícias. Suas ações caíram 12% após o último relatório de lucros, com a receita automotiva do segundo trimestre caindo 7% em relação ao ano anterior. Essa queda também impactou a fortuna pessoal do CEO Elon Musk, que perdeu mais de US$ 16 bilhões após a divulgação dos lucros, de acordo com estimativas em tempo real da Forbes.

Apesar dessas flutuações, a indústria de veículos elétricos (EV) tem apresentado um crescimento significativo globalmente. Em 2023, as vendas globais de EV totalizaram quase 14 milhões, representando quase um em cada cinco carros vendidos, segundo a Agência Internacional de Energia. Especialistas ainda veem grande potencial em players importantes do setor. A seguir, uma análise de três empresas que Wall Street considera atraentes.

Tesla (TSLA)

Em 2023, a Tesla atingiu um marco significativo ao entregar 1.808.581 veículos elétricos, um aumento de 38% em relação a 2022. Nos Estados Unidos, a dominância da Tesla no mercado de EV é evidente, com 55% dos EVs comprados no país sendo da Tesla, de acordo com o Kelly Blue Book. No entanto, as ações da Tesla têm mostrado volatilidade. Elas dobraram de valor em 2023, mas já caíram 10% em 2024. O analista da Wedbush, Dan Ives, prevê uma recuperação, com uma meta de preço de US$ 300 por ação, implicando um potencial de alta de 34%.

Ford 

Embora a Ford não seja considerada uma empresa exclusivamente de EV, ela tem avançado significativamente na eletrificação de sua linha. Em novembro de 2019, a Ford lançou o Mustang Mach-E, um SUV compacto elétrico de cinco portas, que foi premiado como o SUV do Ano na América do Norte em 2021. Em abril de 2022, a Ford lançou a picape totalmente elétrica F-150 Lightning. No segundo trimestre de 2024, as vendas de EVs da Ford aumentaram 61%, alcançando 23.957 veículos. Embora os EVs representem uma pequena parte dos negócios da Ford, a empresa destacou sua posição única no mercado, com 44.180 EVs vendidos no primeiro semestre de 2024, ficando atrás apenas da Tesla.

Contudo, a empreitada da Ford no mercado de EVs pode levar tempo para ser lucrativa. Em seu último relatório de lucros, a empresa previu uma perda anual de US$ 5 bilhões a US$ 5,5 bilhões em seu segmento de EV. Após a divulgação dos lucros, as ações da Ford caíram 13% nas negociações após o expediente. Mesmo assim, o analista do Barclays, Dan Levy, mantém uma classificação “Overweight” para a Ford, com um preço-alvo de US$ 16, cerca de 43% acima do valor atual das ações.

A indústria de veículos elétricos está em constante evolução, e mesmo com as recentes turbulências, as oportunidades de crescimento permanecem. Investidores devem considerar os desenvolvimentos no setor e as análises dos especialistas ao tomar decisões.

Com Informações do Site Moneywise

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